Aconteceu na última sexta-feira, o Encontro de Favelas na Ouvidoria da Defensoria Publica do Rio de Janeiro. Desde 2018 a Ouvidoria faz um movimento de aproximação entre a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e as favelas das comunidades do RJ.
Esse movimento começou com o Circuito Favelas por Direito que foi o momento em que a Defensoria começou a entrar dentro das favelas, levando defensores.
Era um momento de intervenção na segurança pública onde o exército estava nas favelas, na verdade, uma intervenção federal.
A Defensoria aproveitou esse momento, e entrou também pra fazer a análise das violações de direitos que poderiam estar acontecendo, passando pelas forças do Estado.
Isso foi se expandindo, criaram várias formações: Acesso a Justiça dos Territórios, As Garantias Legais, que são focadas nessa população das favelas e comunidades.
E hoje, conseguem realizar o Encontro de Favelas na Defensoria Pública primeiro porque querem ouvir essas pessoas, pois acham sempre muito importante o diálogo, a aproximação, o acolhimento, levando essa parcela da sociedade para dentro daquele espaço, para que elas entendam que o espaço também é delas e assim elas possam dizer na sua comunidade que esse espaço é público, pertence a todos e que não é um espaço como os outros do sistema de justiça, que normalmente afastam pessoas e não é um espaço de acusação.
O medo faz com que as pessoas não se aproximam destes órgãos.
No encontro, compareceram cerca de 70 lideranças de várias favelas do Rio de Janeiro, que tiveram seu momento de fala, o momento também de conhecer os defensores que estão na nova gestão, fizeram algumas pactuações sobre as ações sociais que já existem posterior ao período de 2018, mas que surge apartir dessa iniciativa, ações estas que são feitas dentro das favelas.
Com base nisso, fizeram novas análises sobre o assunto, entendendo também que existe uma segurança da própria Defensoria para estar nesses espaços conflagrados. Pode-se ouvir falas de lideranças de todas as idades, a maioria da região metropolitana, mas estavam presentes também, lideranças de favelas de outras regiões do RJ, tais como: Cabo Frio, Niterói e São Gonçalo, que são regiões metropolitanas mas saem da capital. Eles puderam falar um pouco do que os aflige, das principais demandas e sugestões.
Estiveram presentes também, o pessoal da Rede da Maré que falaram um pouco de como é a experiência de ter as ações sociais rotineiramente no seu território, já que a Defensoria mensalmente faz esse trabalho há três anos, naquele território.
Enfim, foi uma manhã de muita troca. Aguardaremos os próximos!
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